Eis que hoje retorno às minhas atividades de trabalho na BNF. E volto, também, à realidade de situações inusitadas. Tudo correu dentro do (pouco) esperado: no metrô da ida um grupo de crianças espantadas porque o metrô anda por cima da cidade; dentro da biblioteca uma moça com um problema no cadeado do computador e um funcionário que vai arrancá-lo com um tremendo alicate; no metrô da volta um homem com um rato (de verdade e vivo) no pescoço.
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
sábado, 27 de setembro de 2008
À francesa
Da polêmica imigração
Eu nunca fui a favor da imigração ilegal. Nunca mesmo. Não concordo com quem vai, ilegalmente, tentar a vida em outro país. No entanto, para muitas pessoas (e cada um é cada um) isso significa melhorar de vida, aumentar a renda e poder ajudar os seus. Há casos e casos conhecidos a respeito disso e a Europa é fortemente visada pelos imigrantes de várias partes do mundo. A antiga femme de ménage daqui, por exemplo, era da República dos Camarões. Lá ela se formou em enfermagem (curso superior), mas veio trabalhar como faxineira em Paris. Acontece que o diploma que ela conquistou lá não é reconhecido aqui; são várias as exigências para que isso aconteça e, uma delas, é que ela deve ter pelo menos três anos de trabalho legal no país para poder dar entrada no pedido de reconhecimento. Ela saiu da Maison, inclusive, porque está prestes a conseguir isso e, logo, um estágio em enfermagem.
Mas eis que a nova femme de ménage daqui é portuguesa (há uma outra, brasileira)! Interessante que Portugal, apesar de fazer parte da União Européia e receber ajudar por conta disso, é um país que não consegue acompanhar o índice de desenvolvimento econômico. Resultado: muito desemprego por lá e os portugueses migram para outros países à procura de emprego e dinheiro. Inglaterra e França são os países mais visados. Há muitos portugueses na mesma situação por aqui. E o mais interessante: eles não gostam de ser reconhecidos como portugueses. Exemplo é a Maria, a faxineira: ela só fala com a gente em francês! Eu demorei algumas semanas para descobrir que ela é portuguesa.
Tudo isso para comentar um acordo que será assinado no próximo mês pela UE: a Europa irá, definitivamente, fechar as portas para imigrantes que venham procurar trabalho. Eles irão "selecionar" os imigrantes de acordo com as necessidades de mão-de-obra de cada país, por conta especialmente da falta de empregos. Nas entrelinhas isso quer dizer que eles irão "convidar" os inúmeros imigrantes sem emprego a voltar ao seu país de origem, mesmo que estejam legalizados por aqui. Quanto aos ilegais, esses já são procurados há um bom tempo. Detalhe: quem propôs esse acordo foi a França, que atualmente preside a União Européia.
Mas em um aspecto é preciso tirar o chapéu para a França: quase não há desigualdade social, como vemos no Brasil. O salário mínimo é respeitado, de mil e cem euros. Por outro lado, não é possível encontrar aqui (como vemos no Brasil) uma pessoa que ganha 10 mil enquanto outro ganha apenas mil. A diferença salarial entre as classes é pequena, o que significa que todos têm condições semelhantes de compra, moradia, estudo, cultura etc. Neste acordo que será assinado, por exemplo, os países se comprometem a dar condições dignas aos imigrantes: saúde, moradia, educação e facilidade para o aprendizado da língua. Dá pra entender porque a França é um dos países mais visados pelos imigrantes.
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
Pleins feux
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A Opéra de Paris, além de oferecer espetáculos de grande qualidade por um preço razoável (é possível ver espetáculos de balé por 20 euros), também disponibiliza acesso gratuito a alguns ensaios gerais. É o que eles chamam de pleins feux (algo como a todo vapor em português). Consegui, hoje, reservar lugares para duas óperas em pleins feux: Lady Macbeth de Mzensk (foto acima) e Yvonne, a princesa da Borgonha. Deve valer a pena, já que a entrada para cada espetáculo custa, no mínimo, 60 euros.
terça-feira, 23 de setembro de 2008
Iníco de outono
Hoje começou o outono: o dia foi cinzento, máxima de 16 graus, vento gelado. As folhas das árvores já começam a amarelar, algumas até já começam a cair. Mesmo com essa mudança de estação e temperatura, ainda anoitece por volta de 19h30, 20h. Mas ainda estamos no horário de verão! Até quando, eu não faço a mínima idéia...
domingo, 21 de setembro de 2008
Trianon
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sábado, 20 de setembro de 2008
Da permanência
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
E eis o frio
Hoje Paris amanheceu com 3 graus. Depois, no meio da manhã, 5 graus, segundo o site de meteorologia do Le Monde. Agora, média de 16 graus... e eis que o frio começa a mostrar-se aos poucos. Enquanto isso, nada da Maison ligar o aquecimento...
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quinta-feira, 18 de setembro de 2008
Saint-Martin
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Ontem fizemos, como presente para a gauchinha, um jantar especial: soirée mexicaine. No cardápio: chili, guaca mole e tequila.
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
Saint-Tropez e Mônaco
Costa (do) Azul
De uma viagem longa e com alguns inconvenientes, os lugares que visitamos valeram as 12 horas de ônibus desconfortável e também a travessia do país. E, de todos eles, o que mais chamou a atenção foi o litoral de Nice, que explica bem o porquê do nome dado a esta região da França: Côte d'Azur. O mar, de uma beleza indescritível, possuía três tons diferentes de azul em determinado ponto da costa. Um pouco do que vi no vídeo abaixo...
E, além dessa variação de cor, há também um som muito específico do mar, pois as praias daqui não são de areia, mas de pedras. Já havíamos percebido isso em outras regiões e foi em Nice que consegui, finalmente, gravar um pouco desse som.
Por fim, apenas para mostrar a beleza do lugar, os três tons de azul:
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
Rumo ao sul
Eis que retorno, hoje, para o sul da França: Saint-Tropez, Nice e Mônaco. A viagem será longa, de ônibus, aproximadamente 12 horas. Será preciso um tanto de paciência, especialmente com os ônibus pouco confortáveis daqui. Retorno previsto para segunda-feira cedo.
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
Reinício
Théâtre des Bouffes du Nord reinicia suas atividades agora em setembro. Dei uma olhada na programação e eis a minha surpresa ao perceber que Peter Brook voltará com Fragments para Paris. Mas além de Beckett, Brook também estará aqui com Shakespeare e Cervantes (Irina Brook). Quando? Abril e maio do próximo ano, quando já estarei em terras brasileiras. Dommage...
terça-feira, 9 de setembro de 2008
Um quase outono
domingo, 7 de setembro de 2008
Reincidência
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
Final de estação
Aqui já começam a aparecer os ares da próxima estação. Dias nublados, cinzentos, chuvinha fina e vento gelado ocupam o lugar de um verão curto, que raramente passou dos 25 graus e que teve, no máximo, três semanas de calor. Nas lojas, aparecem os casacos pesados (sempre pretos), sobretudos, cachecóis, meias de lã, gorros, luvas; tudo para se preparar para os próximos meses de frio.
terça-feira, 2 de setembro de 2008
Meio a meio
Passaram-se já seis meses. Estou na medade de minha temporada por aqui. O mês de setembro não terá muitas novidades... sem nenhuma grande viagem a ser feita (a única viagem, na verdade, será um final de semana em Nice e na Côte d'Azur. Volto para sul, em uma excursão barata e rápida), biblioteca fechada. Concentrarei meu trabalho em casa e me dedico ao levantamento do que ainda falta ser pesquisado, do que já foi pesquisado e esboço de textos.
Feira provençal
Outra grande atração de Aix é ser a cidade de Cézanne. É possível percorrer o "caminho Cézanne" e ir até o antigo ateliê do artista, ver o monte Saint-Victoire, pintado por ele em vários quadros. Cidade bonita, simples e agradável.
De fato, acho que não calculei mal: Avignon, Aix e Carcassonne são cidades que não exigem mais de um dia para visitar e conhecer as principais atrações. Foi o tempo suficiente para ver e aproveitar cada uma delas.
Carcassonne
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