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segunda-feira, 28 de junho de 2010

Pendengas burocráticas

Ser bolsista FAPESP é ótimo. É a melhor instituição de financiamento à pesquisa, em valores e atenção ao pesquisador. Com certeza, com ela me foi possível dedicação total à pesquisa, tanto no mestrado quanto no doutorado (e, quiçá, no pós-doutorado). Mas fazer a prestação de contas da reserva técnica dá uma dor de cabeça. Digo isso de cadeira, já que fiz todas a prestações minhas e do A. Falta a última, que devo entregar até o próximo mês. Paciência é o que ela exige. Em tempo: o padrão que sigo é ainda o antigo, já que minha bolsa começou em 2006. As mais recentes são bem mais tranquilas... vamos lá, ao trabalho.  

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Teatros

É uma delícia ver uma boa peça teatral em cena. Ontem fomos ver O inspetor geral, texto do russo Gógol, no Instituto de Artes da Unicamp, com os alunos do último ano do curso de Artes Cênicas. Gosto de soluções simples para textos inteligentes. Em Paris, por exemplo, gostei muito das soluções simplíssimas encontradas para Escola de maridos, do Molière, levada à cena pelo Théâtre du Nord-Ouest. Essa "solução simples" a que me refiro é a ausência de cenários, uso alternativo da sala de espetáculo - aproveitando suas diversas entradas e saídas - e o uso bem aproveitado do figurino. Pois bem, ontem foi assim. Isso dá um valor imenso ao texto e aos atores, que se tornam os responsáveis por toda a composição teatral que acontece por completo, então, na imaginação do espectador. Eu ri até quase chorar com algumas interpretações ontem. Releva-se alguns desvios por serem ainda estudantes, evidentemente. Em geral, a direção soube aproveitá-los, os mais expressivos nos melhores papéis.

Esta é uma época em que acontecem várias apresentações no Instituto. Semana passada, na véspera da minha defesa (para relaxar), fomos ver Páramos, adaptação do romande Pedro Páramo, de Juan Rulfo. Daí já foi outra história, porque teatro não-dramático pressupõe outras coisas, na medida em que o ponto de partida para sua história não é um texto teatral. Com uma exploração mais aprimorada de cenários, os alunos (dessa vez, do 3º ano) se alternavam para contar a história de Pedro Páramo e da cidade de Comala. Dessa vez, foram soluções plásticas muito bonitas para várias cenas em que eram apresentados os mitos e rituais mexicanos.

Ainda falta uma peça, também do último ano, que será apresentada na próxima semana: Ilha dos porcos (que teve uma versão cinematográfica feita por Peter Brook). Vamos ver como vai ser.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Depressão pós-parto

Depois da defesa, o corpo reage mal, a cabeça pior ainda. É uma sensação de quero-fazer-nada. Pior é que preciso preparar algumas aulas para os próximos finais de semana, que serão dadas em Jundiaí e em São Paulo. Além disso, são várias pendências a serem resolvidas com a FAPESP e com a Unicamp. Férias, por favor.  

*

Abaixo, algumas fotos da defesa:
A composição da banca

Aqui, respondendo à banca

As palavras finais da minha orientadora

Leitura da ata e aprovação

sábado, 19 de junho de 2010

Passou

Ontem defendi meu doutorado. Salvo alguns sustos iniciais, com direito a polêmicas entre os professores, depois tudo correu bem e na mais santa paz. Na banca, dois apaixonados por Nelson Rodrigues e duas com "pouca simpatia" pelo dramaturgo. E o meu trabalho no meio disso tudo. Enfim, saí viva e com meus louros. Agora, corpo e mente cansados.

sábado, 12 de junho de 2010

Novos sonhos

A menos de uma semana da minha defesa, este tenso momento tem invadido meus sonhos. O último foi esta noite passada:

Eu não pude entrar na minha defesa, foi a portas fechadas entre os professores da banca. Por volta das 17h, eu fui até a sala onde eles estavam reunidos porque provavelmente já teriam terminado. Entrei na sala e, nervosa, peguei a ata. Nela dizia que eu tinha sido aprovada, mas havia umas frases incompreensíveis. Então, minha orientadora me disse: "Eles te aprovaram, mas não gostaram da tese". Enquanto isso, uma outra professora comentava: "É, a S. não gostou, não." O nervosismo tomou conta de mim e indaguei a tal da banca que negava meu argumento. Ela dizia: "Na sua tese, não tem questionamentos. Você não questiona nada". E lia um trecho da tese, completando: "Isso não acrescenta em nada!".

Só espero que essa loucura não se realize.

*

Vale lembrar que alguns sonhos meus se concretizaram. Basta relembrar daquele momento em que estava indo para Paris e sonhei com a entrada da Cité Universitaire.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Dois blogs e mais propagandas

Há quem tenha reclamado da propaganda que fiz do Pinguim no post anterior. Pois bem, aqui vão outras propagandas. Mas agora são blogs interessantes.

Para quem quer saber curiosidades sobre o país da Copa, o blog Última Parada tem colocado algumas informações sobre a África do Sul. Inclusive na última postagem, na qual fala de placas curiosas encontras por lá.

Já para quem gosta de literatura, de teatro e é leitor de Tchekhov, agora no mês de junho haverá um evento, em São Paulo (sempre!), em comemoração aos 150 anos de nascimento do escritor russo. Serão palestras, leituras dramáticas e encenação de peças. Mais, aqui.