
Camille Claudel apresenta muita força e emoção em suas esculturas. Não cheguei a entrar no museu para ver as obras de Rodin (este é um dos museus que oferecem entrada gratuita no primeiro domingo do mês), mas a obra de Claudel emana uma melancolia e sentimento muito fortes, mais do que as do próprio mestre e amante (pelo que pude ver no jardim). Embora as faces das criaturas esculpidas, em obras como Sakountala ou L'âge Mûr, não sejam muito definidas, o conjunto (corpo, movimento, posição do rosto) apresenta ora desolação, ora desespero, ora paixão. É impressionante.
Em qualquer exposição temporária nos museus de Paris, a fotografia é proibida. Nos acervos permanentes, é possível fotografar sem flash. Mas eis um fato muito curioso e divertido: um dos guardinhas da exposição "autorizava" um senhor, pareceu-me fotógrafo, a clicar algumas peças. Pelo que pude acompanhar, na verdade, ele fotografou quase todas. Os dois conversavam em torno de uma obra, o guardinha ficava olhando para ver se ninguém vinha e autorizava. Perante qualquer perigo de serem pegos, ele dava um sinal e o senhor guardava a máquina fotográfica. Eu mesma, vendo tais peripécias, aproximei-me dele e pedi para bater uma foto. Mesma estratégia: escolhi uma e cliquei, enquanto ele tomava conta da situação. Uma senhora, vendo que eu bati uma foto, foi atrás. Mas, coitada, um outro guardinha veio chamando-lhe a atenção: "Senhora, sem fotos!"
O jardim do museu é uma coisa à parte: lindo, lindo. Ao longo dele é possível encontrar várias esculturas de Rodin em bronze, algumas famosas, como Les bourgeois de Calais, La porte de l'Enfer e Le Penseur. Quem viu Camille Claudel, filme com Isabelle Adjani e Gérard Depardieu, relembra a história das principais peças. Algumas fotos no álbum.
2 comentários:
Oi, Elen! Bem legal o seu blog! Legal ler suas notícias francesas! Espero ir para a Europa em breve. Quem sabe ainda não nos encontramos por aí? Beijinhos! Thais
Thais, quando vc estiver prestes a vir me escreve que eu te passo o meu telefone. Beijos.
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