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quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Revolta e destruição

Chegamos em Atenas em uma época pouco propícia ao turismo. Fato lamentável, pois a cidade oferece inúmeras opções de visitas turísticas e culturais. Fomos testemunhas de uma revolta que gerou manifestos em outros países europeus e também repercutiu no mundo. As manifestações iniciais, há 10 dias, foram por toda a cidade, mas principalmente no centro, na Praça Sintagma (que fica em frente ao Parlamento) e no bairro Exarhia, conhecido por ter problemas com a polícia (e foi onde o garoto levou o tiro). Aqui abaixo, uma foto da árvore de Natal queimada pelos manifestantes na Praça Sintagma:

Além disso, em uma grande avenida, havia sinais de destruição por toda parte: prédios inteiros queimados! Caixas eletrônicos, lojas de empresas multinacionais (Subway, MacDonalds etc.) e até prédios residenciais! Vejam o estado em que ficou um caixa eletrônico (fiquei acuada e não quis bater mais fotos dos prédios queimados):


Não bastasse o fogo, os manifestantes fizeram muitos outros estragos, como se vêem abaixo: vidros inteiros quebrados! Os prejuízos - muitos milhões de euros - vêm sendo arcados pelo governo.

E no sábado em que lá estávamos, passeando desavisadamente pelo centro, nos deparamos com um número muito grande de policiais formando barreiras, o exército com máscaras de oxigênio, mangueiras de bombeiros espalhadas pelo chão, o trânsito estava sendo desviado. Perguntei a um policial se estava tudo ok e ele disse que sim. Continuamos andando e saímos ao lado do Parlamento. Eis que encontramos uma multidão de manifestantes com faixas e mais barreiras policiais. Claro que não ficamos lá para ver no que iria dar tal reunião. Fomos para o hotel, felizmente bem longe do centro, e somente no dia seguinte vimos que houve novos confrontos por lá, novos danos, novos protestos. De toda forma, nosso passeio ficou bastante limitado por conta disso e, acima de tudo, não pudemos entrar na Acrópole.

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